sábado, setembro 11, 2010

O Medo de Amar

O Amor é totalmente dependente. Não se ama sozinho, a solidão é resultado do Medo. O Amor é sustentado em pilares delicados, não tendo a capacidade de estes sustentarem algo tão pesado. O Medo é algo maciço, denso, esmagador. O Medo é forte, imponente e nada teme, pois está acima de todas as preocupações. O Medo abraça o Amor muito forte, até demais. O Amor fica coxo, impotente, dependente. Mentira.
Não existe Amor senão aquele que agrada. Não existe prazer senão aquele que é bom. Como uma criança que não compreende as coisas, o Amor simplesmente não se importa e não pensa em fazer o mal. Não sabe o que é certo e por vezes erra.
Para o Amor não existe erro, vive a utopia de que tudo acabará bem e confia no Medo, pois não entende a maldade. Joga-se do abismo, pois não acredita na morte, mas diante dela, sorri; não sabe não sorrir, o amor leva a felicidade a sério.
Sua relação com o Medo é masoquista e subjugada. Beija a ponta da faca enquanto o sangue escorre dos seus lábios. Sorri, permitindo que a lâmina atravesse sua gengiva. Beija até a morte e não se arrepende, não sabia fazer melhor.
O Amor não tem Medo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário