terça-feira, setembro 14, 2010

Família.

Vagabunda! No sentido da palavra. Ambos saíram do seu ventre, mas ela não faz nada enquanto os vê nus tocando-se no pinto e na pomba, um no outro e em si próprios. Lambidas e ereções, mordidas. Rolam o dia inteiro na grama. É selvagem.
Já ele, chega e não fala nada. Mostra que é dominador e já se apóia no dorso dela, vai comê-la de 4, sem nem fazer um oral! Ela sabe que não adianta fugir, mas tenta e é impedida à força, como de costume. Para alguns o estupro foi consumado. Para outros, era só uma família de leões.

sábado, setembro 11, 2010

O Medo de Amar

O Amor é totalmente dependente. Não se ama sozinho, a solidão é resultado do Medo. O Amor é sustentado em pilares delicados, não tendo a capacidade de estes sustentarem algo tão pesado. O Medo é algo maciço, denso, esmagador. O Medo é forte, imponente e nada teme, pois está acima de todas as preocupações. O Medo abraça o Amor muito forte, até demais. O Amor fica coxo, impotente, dependente. Mentira.
Não existe Amor senão aquele que agrada. Não existe prazer senão aquele que é bom. Como uma criança que não compreende as coisas, o Amor simplesmente não se importa e não pensa em fazer o mal. Não sabe o que é certo e por vezes erra.
Para o Amor não existe erro, vive a utopia de que tudo acabará bem e confia no Medo, pois não entende a maldade. Joga-se do abismo, pois não acredita na morte, mas diante dela, sorri; não sabe não sorrir, o amor leva a felicidade a sério.
Sua relação com o Medo é masoquista e subjugada. Beija a ponta da faca enquanto o sangue escorre dos seus lábios. Sorri, permitindo que a lâmina atravesse sua gengiva. Beija até a morte e não se arrepende, não sabia fazer melhor.
O Amor não tem Medo.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Gênios.

"Na história da humanidade sempre rolou isso, as massas se movem, e sempre aparece uma ou outra anomalía, chamada de gênio pelas pessoas comuns, que vêm para servir de guia, já que a sociedade por sí só ñ é capaz de fazer nada por conta própria".

ouvi isso hoje.

faz sentido.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Independência

Marquito sempre sonhou em ser livre, desde os 15, quando lia textos de filósofos libertários. Na escola, não dava bola pra muita coisa e fazia apenas o necessário. Não se prendia à nada... apenas à sua mãe, claro.
Marquito sabe que não é independente, afinal, sua mãe ainda responde pelos seus atos. Espera o dia onde não dependerá de ninguém pra mais nada. Terá sua própria casa, seu emprego, estudará coisas que gosta. Seus amigos, poderá escolher todos, não dependerá mais de falsas amizades e pessoas que apenas dizem coisas para agradá-lo.
No silêncio do seu quarto, a noite, Marquito vê as estrelas, a milhões de anos-luz, cada uma mais distante como pode da outra, mas o vigor do brilho delas alcança até os olhos dos mais encarcerados. Marquito viu: Me sinto livre nos meus sonhos ao olhar para o céu. Serei independente da maneira que melhor conseguir. Como as estrelas, iluminarei os olhos daqueles que ousarem olhar para mim.
Marquito é cadeirante, mas nem se lembra.

sexta-feira, setembro 03, 2010

O ser humano não se preocupa com a verdade.
"Verdade" é simplesmente um status que as coisas adquirem para confirmar sua legitimidade. O que é uma grande besteira, porque se uma "verdade" for em alguma altura de sua existência considerada "mentira", nada disso é muito válido. A legitimidade das coisas é passageira e circunstancial, deve ser tratada mais como uma ferramenta do que como uma realidade.

É bem óbvio que existe na utilização do factual uma relação de interesses. Não só uma pessoa vai tomar por "verdade" aquilo que lhe é conveniente, como vai agir como se as outras pessoas partilhassem de verdades paralelas. Justamente por isso, "verdade" é apenas uma posição de autoridade total sobre as preocupações de um, independente de sua forma ou constituição. É qualidade, qualidade humanizada de qualquer objeto.

Em nossa consciência, até uma mentira óbvia pode adquirir valor de verdade. Ela classifica-se como verdade até um nível de conveniência. É nessa relação de interesses individuais em classificar a realidade num propósito de efeito que o ser humano despreocupa-se com a verdade factual. Ele se move em direção a seu próprio espírito, sua própria abordagem das coisas e como elas provocam mudanças em espíritos alheios.

Não se enganem, qualquer manifestação humana em prol da perpetuação de valores justos ou corretos é uma tentativa de influenciar a realidade humana. São movimentos de peças de xadrez, na intenção de abrir caminho na sua mente para novas certezas. Não questione a validade de tais enquanto não valer a pena. E quando for conveniente à sua vaidade, faça-o contra a realidade formalizada entre os seus.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Citação da situação da alma acadêmica

“Todo gênio que se diz estar a frente de seu tempo, é porque ele é mais preocupante que sua sociedade atual. É eu sei, eles sabem disso...”

Vote?!

Pff....

Pense, faça ciência! Não o que eles dizem. Faça seu estado de entropia atuar no caos do universo, ou pelo menos tenha o conhecimento disso. Tenha ciência, tenha a arte de progredir intelectualmente. Apenas para nos enchermos mais de perguntas e sempre termos uma chance de sermos o que realmente somos. Animais que pensam! Não seres humanos que destroem.

Agora...

Talles Demos

31/08/10