segunda-feira, setembro 06, 2010

Independência

Marquito sempre sonhou em ser livre, desde os 15, quando lia textos de filósofos libertários. Na escola, não dava bola pra muita coisa e fazia apenas o necessário. Não se prendia à nada... apenas à sua mãe, claro.
Marquito sabe que não é independente, afinal, sua mãe ainda responde pelos seus atos. Espera o dia onde não dependerá de ninguém pra mais nada. Terá sua própria casa, seu emprego, estudará coisas que gosta. Seus amigos, poderá escolher todos, não dependerá mais de falsas amizades e pessoas que apenas dizem coisas para agradá-lo.
No silêncio do seu quarto, a noite, Marquito vê as estrelas, a milhões de anos-luz, cada uma mais distante como pode da outra, mas o vigor do brilho delas alcança até os olhos dos mais encarcerados. Marquito viu: Me sinto livre nos meus sonhos ao olhar para o céu. Serei independente da maneira que melhor conseguir. Como as estrelas, iluminarei os olhos daqueles que ousarem olhar para mim.
Marquito é cadeirante, mas nem se lembra.

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